![Campbells soup cans - Andy Warhol - 1964](https://mordonha.wordpress.com/wp-content/uploads/2010/05/campbells_soup_cans_moma-1964.jpg?w=696)
Pode a Publicidade ser Arte? Ou pode a Arte ser Publicidade? É a pergunta algo que incomoda muitos apreciadores das grandes artes e intriga os marketeiros em seus projetos – ou obras? -, pois se certifica que uma e outra nasceram em propostas diferentes.
A Arte em sua primícia veicula algo, uma expressão comunicativa por símbolos ou ilustrações, de um momento e suas idéias vigentes. Arte como propaganda existiu para transmitir novas estéticas e filosofias, propagá-las em um novo movimento ou na sociedade. Porém ela como Publicidade, no sentido mercadológico, dialoga com esta ética em situações interessantes e mais recentes em relação ao surgimento da expressão estética.
Observo aqui que coloco como ética no sentido de que a obra adquiri outros valores primordiais, o de lucro e produto industrial, um acessório de venda, ou um produto a se vender.
Para a expressão artística este novo molde apenas a enriqueceu em quantidade de formas e meios de ser; um novo diálogo moderno para o seu repertório de expressões. A Arte se adaptou e permeou a Publicidade. Porém deste contato de interesses surge uma nova proposta: A Arte e A Publicidade agem em conjunto para se ter o aproveitamento de idéia de cada uma para fins onde a decisão do criador – artista ou marketeiro – decidirá quem se sobressairá, não qual é a melhor, mesmo se tornando mais expressiva do que a outra engajada a si.
O autor destaca o valor que será importante no momento, em uso: ser arte ou ser publicidade.
Nada mais celebre que o advento da Pop Art inspirada nos vertiginosos questionamentos conceituais “duchampianos”. Este movimento deixa as claras como lidar com esse questionamento – entre outros tais – “arte de mercado”, tendo no expoente Andy Warhol uma grande desenvoltura neste caso – observamos que o mais repercutido lidou com a lógica do Marketing.
Muito da obra de Warhol revelava a sua intuição dual para com as suas obras – ou produtos? : dependiam do espaço (museu como arte, revista como publicidade) e tinham seus altos preços. Além dos contundentes objetos retratados, que com rostos e corpos famosos ficavam difícil uma critica artística em um primeiro momento, em que se via um grande sorriso de um ídolo como Elizabeth Taylor (seria um poster?)
Por fim, este diálogo relata esta busca sinérgica em que se foca a apreciação de valores e da estética próprios do uso artístico para a valorização de algo que se vende – seja um produto ou o hype de uma marca ou grife – vejam as propostas de videoclipes, comerciais, produtos cosméticos e posteres de filmes e capas de álbuns.