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As Bem-Armadas (The Heat)
Ashburn, uma policial narcisista e antipática do FBI ( Sandra Bullock), recebe um caso sobre uma grupo de tráfico de drogas, tendo que ir trabalhar em um distrito diferente. Lá ela esbarra com a durona e louca Mullins (Melissa McCarthy). A dupla, enquanto aprendem a conviverem forçosamente para trabalharem no mesmo caso, desenvolvem uma grande amizade e uma ótima sincronia para humor.
Sandra é consagrada em comédias e dramas românticos, e vem ultimamente atuando em longas com uma carga cada vez mais dramática (Crash (2004), Um Sonho Possivel (2010), Gravidade (2013)), mas mostrando que não perde o sorriso da comédia fácil. Já Melissa é carimbada em sitcoms americanos (Mike e Molly (2010)), além de seu exito em Missão Madrinha de Casamento: humor e humor e humor bem sacado. Resultado: a química das duas atrizes sob a direção de Paul Feig, criam uma atmosfera leve e fluída para uma historia que já tem continuação confirmada.
O diretor, Feig, ausenta-se recentemente do universo das series televisivas – de dramas “leves” e comédias – para adentrar a sétima arte. Sua estréia nas telonas foi com Missão Madrinha de Casamento: comédia com McCarthy – surge uma parceria (?). A escritora do roteiro Katie Dippold também é do humor. Ela escreveu muito para o periódico da MAD na tv, o MADtv.
O longa não tem nada de especial. Humor e ação de duas policiais trintonas, de personalidades diferentes, tentando se darem bem. Clichê, por isso zona segura para se começar um pequeno sucesso.
O estranho foi a tradução do titulo no Brasil: As Bem-Armadas. O titulo original é The Heat, algo como “as quentes”. Mas com as devidas licenças de uma comédia, o novo nome se encaixa.
“Goodbye Dragon Inn”: o acontecimento e a fala além da fala
Interessei-me pelo longa. Texto bem feito – gostei da colocação (entre linhas?) do que seria um enredo: um acontecimento.
O filme pareceu-me fotográfico, em uma forma metalinguística, abocanhado por um realizador cinematográfico. Assistirei.
Goodbye Dragon Inn é um filme que coloca o espetador diante das experiências do silêncio, da ausência e da solidão. E Tsai Ming-liang dará uma primazia tão grande a essas experiências que se verá obrigado a suspender elementos cinematográficos tradicionais, evocados por críticos e apreciadores da sétima arte como pilares mestres de todo cinema, de hoje e de amanhã. Mas não basta anunciar essa inconvencionalidade, é preciso mostrá-la. Eis o que não encontraremos, portanto, no filme de Ming-liang e que pode despertar a ira dos cinéfilos e críticos mais conservadores: 1) enredo/história (absolutamente nada nos é contado); 2) estrutura narrativa e diálogo (há apenas um quase diálogo, pois a dialética para sua realização não acontece, que surge após quarenta minutos de filme, e um diálogo de fato nos minutos finais, porém, destituído de importância narrativa); 3) roteiro (não há trajeto, caminho a ser percorrido).
Com…
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