Devido às recentes agitações midiáticas patrocinadas por multinacionais musicais, se torna interessante atentar-nos – lembrar-nos – para um acontecimento colocado então: seria tempo de uma nova invasão britânica real ou somente viés de marketing?
Esse termo, ‘invasão britânica’, ocorreu à cultura popular, também sob os termos da mídia, na década de 60 para apontar o início da preferência norte-americana por muito do rock inglês. Exemplificado pela ‘beatlemania’, adoção do artista pop Andy Warhol pelos Rolling Stones, a música psicodélica de Pink Floyd, o teatral de David Bowie (mesmo tendo Alice Cooper, Bowie desembarcou com sucesso nos EUA em meados de 70) e o agrado dos punks de 70. Sem falar em muitas correntes musicais que ganharam maior destaque em solo inglês frente o público mundial, e americano logicamente, ao decorrer das décadas.
Hoje temos a noção de que impares como as britânicas do ‘neosoul’, Joss Stones e Amy Winehouse, e a presença e preferência pelo rock da Grã-Bretanha (Radiohead, Oasis) mostrou nos anos de 90 e 2000 (não apenas) as conseqüências iniciadas em 60.
A ‘nova invasão britânica’ diz a partir da conquista da Billboard por artistas desses primeiros 12 anos do século XXI.
Pelo visto, o ponto da discussão se entorna em muito sobre o tempo e a validade do termo em seu oportuno uso. Colocado uma vez para divulgar um acontecimento, a expressão caiu no lugar comum e na simplicidade dos costumes, caiu em desuso, em termos gerias. Ora, a ‘invasão britânica’ foi fato e criou um elo musical que mesmo alternando em picos ou sendo tênue nunca terminou para se poder falar em ‘nova’. Atualmente, resgatou-se intensamente o termo para o recente lançamento de novas boy bands inglesas (One Direction), ala beatlemania, nas paradas dos Estados Unidos.
Como dito, a ‘invasão britânica’ teve um inicio, um contexto, com conseqüências perenes: o gosto popular americano pela musica da Rainha. Não temos necessidade de referir a novos e cíclicos sucessos com ‘novas invasões britânicas’ quando tivermos picos no decorrer dos tempos. È apenas marketing no fim.
O limite da propaganda sobre os fenômenos do passado esta em remontar tais cenários, reciclando os pôsteres.