Bíblia

Ritualística divina e humana

O Cristianismo contemporâneo que se embasa no evangelho bíblico e constantemente interpretativo e discutido – sobre os preceitos divinos de sua própria palavra – sabe a inutilidade da instituição religiosa ritualística que permeou a sociedade humana. Contudo é digno de nota que o Judaísmo, foi, em seu gênesis, uma singularidade de adoração cheia de praticas e métodos instituídos por Deus.

Pensando no hoje, isso é uma contradição do comportamento divino antes e de seu querer agora – vide o contraste entre o Velho e o Novo Testamento. Porem, pensar apenas no hoje é desleixo explanativo. A hoje chamada religião judaica nasceu frente s necessidades múltiplas do povo hebraico – os famigerados “dez mandamentos” são parte de um compêndio muito maior, relatados nos livros de ÊxodoLevíticoNúmeros e Deuteronômios – em fuga e para sua memória frente ao Deus de Abraão. Em um olhar simplista, um gerne de adoração para um povo que não sabia como se comportar depois de anos de repressão religiosa e social.

As instituições ecumênicas e herméticas em rituais e doutrinas que constituem as igrejas e templos religiosos na modernidade são obras claramente humanas de politica espiritual, com seus escambos bem-intencionados ou dirigidos. Uma alienação ou ilusão sobre o material, somente. Obras e “auto-plenitude”, esquecendo ou repudiando o trabalho interior, espiritual dos indivíduos.

A suma diferença entre a criação do Judaísmo está no objetivo espiritual daquelas praticas, o que se explana nos textos do Novo Testamento – certamente, nos relatos da Santa Ceia e na carta aos Hebreus. Contrariando a histórica constituição de um método de educação social paras as pessoas por uma camada atribuída – elite ou estrato social.

Lembrando que isso quanto a gênesis do Judaísmo, não em seu desenrolar para uma desnecessária cristalização religiosa.

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